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História da Maquiagem





O ato de se maquiar não é algo recente. Na verdade, desde os primórdios, o homem utiliza a maquiagem como forma de expressar ao mundo os costumes, cultura e a religião do seu povo. Por meio da pintura corporal, é possível reconhecer, determinadas sociedades e culturas. Os primeiros vestígios indicam que os pigmentos utilizados eram substâncias retiradas da natureza, como sementes, argilas, etc., para transmitir sua função social.


Maquiagem é uma expressão da linguagem corporal não verbal. Seu uso remonta aos tempos pré-históricos, quando a argila era aplicada na face para diversos tipos de rituais. Os faraós se depilavam e se maquiavam. Nos séculos XVII e XVIII usavam perucas e pintavam o rosto de branco para diferenciar a hierarquia social. Estas maquiagens e pinturas corporais eram utilizadas por homens e mulheres.


Atualmente a maquiagem é utilizada principalmente por mulheres, como forma de embelezamento, para realçar aquilo que se tem demais bonito ou até mesmo para correção de imperfeições, manchas e sinais na face.




A Evolução da Maquiagem


Pré História: O homem desde a pré história utilizava produtos da natureza para pintar o rosto e corpo. Somente em 3300 a.C. que surgiram os primeiros registros da maquiagem, onde o homem pintava o rosto com argila ocre para assustar seus inimigos, para a caça e para reverenciar os deuses em seus rituais religiosos. Assim como fazem algumas tribos africanas e hoje ainda vemos essa prática nos índios brasileiros.



Antigo Egito: A maquiagem como forma de embelezamento surgiu no antigo Egito com a Cleópatra. Utilizavam óleos perfumados para tratar a pele, carvão misturado com óleo ou gordura animal, denominado de Khol, para os olhos, além de realçar as pálpebras com pó verde a base de malaquita, e na boca passava-se carmim, pigmento extraído de um inseto chamado Cochonilha, e na face um pó marrom proveniente da argila.



Grécia: As caravanas que levavam especiarias e seda para a Europa introduziram os cosméticos e a maquiagem na Grécia, o Kohl, foi substituído por uma maquiagem à base de açafrão, cortiça queimada, fuligem ou cinzas; o blush corava as bochechas através de amoras esmagadas ou cinábrio. Muitos produtos da época à base de metais (chumbo, mercúrio) eram tóxicos, estragando a aparência da pele e provocando um envelhecimento prematuro.



Roma Antiga: As mulheres romanas usavam máscaras durante a noite sobre o rosto para melhorar a pele. Popéia (segunda esposa do imperador Nero) tinha a pele muito branca graças ao resultado de constantes banhos em leite de jumenta. Ela lançou moda e todas as romanas mais nobres eram dadas às máscaras noturnas, em que ingredientes como farinha de favas e miolo de pão se combinavam ao leite de jumenta diluído para formar papas de beleza.



Idade Média: Durante a Idade Média, o uso dos produtos de maquiagem foi praticamente abandonado na maior parte do continente europeu, o pensamento religioso falou mais alto que a vaidade. As mulheres que utilizassem dos artifícios da maquiagem eram consideradas bruxas e eram queimadas em praça pública. A maquiagem só ressurgiria com força a partir do século XV, quando a Itália e a França se tornaram os principais fabricantes de produtos de beleza.



Século XV – XVI: No século XVI, as mulheres utilizavam pó branco, bochechas vermelhas e nos lábios, uma mistura de corante de cochonilha. Os olhos, contrariamente aos períodos anteriores, jamais eram maquiados, a fim de não esconder “a janela da alma”. Homens e mulheres escondiam as imperfeições da pele, sob uma camada de pintura branca (pó de Caulim - argila branca, gesso ou pó de arroz) A França se tornou o paraíso dos cosméticos.



Século XVII – XVIII: No oriente, as gueixas japonesas uniformizavam o rosto para ficarem parecidas com as bonecas de porcelana, pintavam-se de branco com um pó espesso e argiloso feito de farinha de arroz, chamado Oshiroi, e a boca vermelha em formato de coração. As mulheres evitavam o sol para manterem-se brancas. Todas usavam a mesma maquiagem, pois com todas iguais evitava-se confrontos e ciúmes entre os homens.


1910: Durante a era eduardiana, a palavra "makeup" não existia e a maquiagem era considerada algo para as mulheres de má reputação, como atrizes e prostitutas. Mas secretamente as mulheres mais ricas faziam uso dos cosméticos, como cremes e pós muito claros. A pele clara definia as classes, peles muito brancas eram da nobreza, já as de peles mais escuras eram de classes mais baixas, pois trabalhavam na terra, no sol.



1920: Foi no início da década de 1920 que a maquiagem realmente se popularizou e tomou mundo. Olhos provocantes e sofisticados com lápis preto, os lábios vermelhos eram símbolo de beleza, sobrancelhas cuidadosamente delineadas e pele muito clara. Esse tipo de maquiagem onde os olhos são escuros e lábios vermelhos é conhecida como maquiagem Channel.



1930: Na década de 30 as divas do cinema conquistaram e arrasaram corações. A principal característica da maquiagem nesse período eram as sobrancelhas totalmente depiladas, e redesenhadas com lápis fino, cílios pintados e boca vermelha. Acreditava-se que as sobrancelhas arredondadas deixavam as mulheres mais femininas. Mas as mulheres ficavam com um ar melancólico e triste.



1940: Período de Guerra, a indústria estava voltada para a produção bélica, as mulheres improvisavam utilizando como por exemplo graxa de sapatos como máscara de cílios. Esse é o momento da feminilidade da Femme Fatale. A guerra acabou em 1945 e, a partir desse momento, o mundo passou a necessitar de mulheres fortes e realistas mas que não deixassem seu poder de sedução de lado.



1950: Sombras claras nas pálpebras, delineador “gatinho”, lápis de sobrancelha, e máscaras para cílios faziam todas as atenções ficarem voltadas para os olhos. Os lábios eram bem desenhados, e os batons de cores mais suaves deixavam essa parte do rosto em segundo plano, mas os tons de vermelho também não saíram de moda. Usava-se a abusava-se de ‘pós-de-arroz’ e pó compacto.



1960: Os olhos estavam em alta nessa década. Além das sombras metalizadas e multi coloridas, o côncavo era muito marcado, o delineador e os cílios postiços garantiam o lugar de destaque para esta área do rosto. Na pálpebra inferior os cílios eram desenhados. Para os lábios, cores claras e apenas uma insinuação de rosa. A pele era pálida.



1970: Nessa época, tudo era permitido. O visual era psicodélico e nem um pouco discreto. Os olhos eram maquiados em tons de verde, rosa, azul… O delineador e a máscara de cílios ficaram em segundo plano, perdendo a força que tinham na década anterior. Na boca continuaram as cores claras, mas com uma diferença: os lábios vinham cobertos por uma generosa camada de brilho.



1980: Nesses anos é possível perceber duas tendências. De um lado, mulheres dinâmicas, que conquistavam seu espaço no mundo dos negócios e que usavam pouca maquiagem. De outro, as super produzidas, com seus cabelos de pantera, unhas longas, sapatos de salto, nos olhos, cores fortes como o pink e o violeta, etc. Para combinar, cílios alongados com máscaras coloridas (verde e azul). Batom, muita máscara de cílios e blush em tons fortes e bem marcados compunham o visual.



1990: Cansada dos agitos dos anos 80, as mulheres dos anos 90 apresentam uma beleza esquálida e perturbadora que representa uma sociedade em fase de mutação. É a década do minimalismo. Por mais que o mundo fashion diga que não, tons neutros sempre vão ser uma boa pedida. Cores como o bege, as variações de marrom e o marfim são campeãs e os batons cor-de-boca não deixam você errar nunca.



2000: Após quase uma década de pele muito pálida, sem cores ou em tons neutros e apagados, a mulher dos anos 2000 prefere uma pele mais bronzeada e saudável. O uso de produtos bronzeadores e iluminadores trazem uma aparência de “garota de praia”, sexy e saudável. A grande referência para as maquiagens da época foi Gisele Bündchen, considerada pela revista Rolling Stone, a modelo mais bonita do mundo. Todas as mulheres se inspiravam nela para a criação das maquiagens.



2010: Nesse período as técnicas de contorno e iluminação começam a se popularizar. O maquiador libanês Samer Khouzami virou fenômeno no Instagram e nas redes sociais por conta de suas técnicas de contorno que transformam o rosto das clientes. As mulheres percebem que poderiam fazer uso dessas técnicas para valorizar ainda mais sua beleza.




A maquiagem hoje é um amontoado de fragmentos de todas as décadas passadas. Em algum momento ou estação sempre ressurgem as referencias das décadas passadas. As mulheres podem ser discretas como nos anos 90, rebeldes e revolucionárias como na década de 70, extravagantes como na década de 80, sexys como na década de 50. Vai depender da característica pessoal de cada uma. Temos a liberdade se usarmos e sermos o que quisermos.


Grande abraço e nos vemos por aqui.





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